30 dezembro, 2013

NO ANO NOVO OU QUALQUER DIA NÃO VIAJE SEM VOLTA COM AS DROGAS, VIVA DE CARA LIMPA!

O TRIUNFENSE, em  28/12/2013.


     Eu nãoviajo mais à luz do dia
    Sempre vivo preso nessa mania
    E tudo o que eu tenho é um castelo de melancolia
    Regada a álcool, droga e poesia.
                        Hector Raposo


Talvez a única coisa boa que as drogas nos deram foi a revolução na música com os Beatles, Sgt. Pepper's, Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Yes e muitos outros, nos anos 60 e 70. Não surgiu nenhum Bach, Mozart, Bethoven, mas sem dúvida é valiosa a quebra dos parâmetros musicais e o salto do nível de sonoridade. O preço que esses gênios da música pagaram, no entanto, foi bastante alto. Como viveram/morreram Elis, Janis Joplin, A Hendrix, Elvis, Lennon?

Há sempre um burburinho se certos escritores nacionais e internacionais usaram drogas enquanto compunham suas obras. A alegação é, na maioria das vezes, justificada pela genialidade de seus escritos. Como exemplos, temos os chamados ‘desregrados’ tanto na escrita quanto na vida, como Charles Baudelaire, Jean-Paul Sartre.

Mas qual a felicidade que a droga traz? Ela pode anestesiar e até fazer o sujeito esquecer a timidez, como no caso do Chico Buarque, que bebia muito antes dos seus shows, no início da carreira. Mas me citem um exemplo onde a bebida fez alguém se tornar uma pessoa melhor, verdadeiramente realizada.  Até o Zeca Pagodinho se meteu em confusão... Devia estar caindo de bêbado quando assinou o contrato com a Schin, sendo um fã da Brahma! Heheheheh...

A imagem que popularizou as drogas foram os hippies, que realmente estavam lutando contra o sistema nos 60. Mas essa fase já acabou, e o sistema atual é muito mais sutil. 

A revolução da esperança precisa de lutadores que questionem e combatam o sistema com a mente clara. E, na guerra contra as drogas precisamos traçar estratégias vencedoras, salvando meninos e jovens da dependência e da prisão, onde muitas vezes acabam, os que não ‘conseguem’ se  matar de todo com a droga. Mais do que muitas suposições e teorias, Portugal é exemplo nisso, destacado como um país que provou que se deve encarar o doente toxicodependente, como alguém a recuperar e a ser reinserido na sociedade, em substituição da tradicional penalização que é ainda
exercida em muitos países. Pensem nisso! FELIZ ANO NOVO! Namastê!

21 dezembro, 2013

A PESSOA QUE POSSUI IDEAIS É MAIS FORTE DO QUE A QUE LIDA COM MUITO DINHEIRO

O TRIUNFENSE – 21/12/2013

“Os ideais que iluminaram meu caminho e que sempre me deram uma nova coragem para encarar a vida, foram: a bondade, a beleza e a verdade.” Albert Einstein

Muito cuidado com o que faz com o teu conhecimento, pois o Universo vai te cobrar mais cedo ou mais tarde, com maior intensidade do que costuma cobrar daqueles que pouco sabem. Quem ignora não é responsável com o que faz com a sua ignorância, porém os que sabem deveriam ir para além da mediocridade. Todos nós – independente de classe social, situação financeira, origem, cultura ou raça - temos de lidar com fracassos e perdas e as dores decorrentes do exercício de viver. E sempre haverá uma consequência salutar em tudo: aprendizado, amadurecimento, crescimento interior.

Se viéssemos para esse planeta com bula todos saberiam que viemos para trabalhar. E muito. Só a Consciência pode orientar e nos conduzir corretamente, não só quando estamos diante de enrascadas, mas no dia-a-dia, em qualquer circunstância. Como disse Einstein, o único lugar onde o sucesso vem antes que o trabalho é no dicionário. “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas sim por aquelas que permitem a maldade”,  assegura  ele. Conquistas sem trabalho são qualquer outra coisa que não conquista.

Todos sabemos como deveríamos nos comportar por aqui, mas fazemos questão de esquecer tal conhecimento e acabamos nos tornando o somatório de nossas decisões segundo a emoção e o sentimento de cada momento. Mas é ultra necessário termos o pleno domínio da emoção. E isso é que é difícil na dura, mas imensamente compensatória arte de viver neste planeta. Se nos conscientizarmos disto, podemos até ser muito felizes, mesmo em meio ao caos. Já passamos por isso tantas vezes, é só tomar ciência e relaxar.

Por outro lado, em tempos em que se fala tanto em carma, agora também no Ocidente, o termo justiça é ambíguo e perigoso. Em seu nome foi feito mais mal do que bem à humanidade. Simploriamente definindo a teoria do carma, ela nada mais é do que a lei da causa e efeito, de ação e reação. É uma lei natural, que não tem nada a ver com a ideia de justiça ou prêmio/punição. Toda ação produz seus efeitos e resultados. Se uma boa ação produz bons efeitos e uma má ação, maus efeitos, isso não é justiça - ou recompensa/punição - lançados por algum ser ou poder que julga nossas ações, mas consequência da própria natureza, agindo com uma de suas próprias leis.

Um dos valores fundamentais que temos que cultivar em nossa vida é a verdade, até porque a mentira tem pernas curtas, como diz a sabedoria popular. A verdade tem que se inserir como princípio, doa a quem doer. Mesmo que muita gente não cultive o princípio de pensar e agir segundo este valor, a verdade é simples, natural, direta, bela, encorajadora e estimuladora. Pode até doer, colocar-nos em sofrimento ao destruir nossas ilusões, mas sempre nos devolve à realidade, que acaba por sustentar e fortalecer.

Nada pior do que viver na mentira, fazendo de conta, perdendo-se de si mesmo, desviando-se do próprio caminho. Ser verdadeiro é abraçar-se, assumir-se, fortalecendo a própria personalidade com a energia poderosa advinda do contato com o Ser Divino que existe em cada um de nós. Estar na verdade é estar em contato direto com a Força Superior, no caminho estreito trilhado por homens como Jesus, Buda e outros. Este é o único que pode, apesar das dificuldades inerentes, nos levar à verdadeira paz e à felicidade!Pensem nisso e Feliz Natal!


14 dezembro, 2013

POR QUE AS DROGAS SEDUZEM JOVENS E ATÉ ADULTOS INCAUTOS?

O TRIUNFENSE, 14/12/2013.

O que faz com que centenas de pessoas sejam usuárias de maconha, cocaína, LSD, êxtase, etc., enfrentando o risco de ser preso ou, em certos casos como o crack, perder a própria vida?

 Enquanto não for possível responder a fundo esta questão, a abordagem do problema por medidas legais ou policiais, embora necessárias, são superficiais e não resolvem o problema, isso quando não o agravam.

Entre as drogas ilegais, ou pesadas, como costumeiramente são chamadas, a própria ilegalidade constitui um fator de atração para muitas pessoas que tem, por história pessoal, uma compulsão a enfrentar autoridades controladoras. Elas afetam a vida mental ou emocional de modo artificial e perigoso e - cada uma ao seu modo - leva o usuário a um ou a vários aspectos ligados aos diversos estados modificados de consciência.

As drogas psicodélicas são as que mais provocam as mudanças de estado de consciência, mais particularmente a maconha, o LSD e o peyote, que levam as pessoas a viverem experiências de visões de outras realidades.Sabe-se que estes estados modificados de consciência surgem normalmente em pessoas que evoluem espiritualmente, que levam uma vida sadia e praticam uma ética elevada e, sobretudo, que procuram ser verdadeiros consigo mesmas e com os outros, praticando o verdadeiro amor altruísta, a verdade, a compaixão e a tolerância.

Muitas destas experiências - sendo próprias de vivências místicas dos grandes santos da humanidade – têm feito com que certos autores de pesquisas destes fenômenos, em nível acadêmico, tenham emitido a hipótese de que se trata de uma mesma fenomenologia. 

Isto causa espanto nos meios da Psicologia e Psiquiatria convencionais, pois questiona a própria natureza da doença mental. De outro lado, escandaliza os meios religiosos que não aceitam misturar o sagrado com as drogas. 

Se acrescentarmos o aspecto policial e jurídico associado ao assunto, se torna evidente que fica bastante difícil realizar estudos e pesquisas com serenidade, ausência de suspeita e de ânimo, visando um entendimento cada vez maior da questão e sobremaneira um conhecimento terapêutico com objetivo de cura.

Podemos falar em cura, pois recentes estudos realizados por terapeutas que lidam com o ser humano como sendo um ser energético, tem notado uma perturbação no campo magnético dos consumidores de drogas, o que não é o caso dos que chegam a certos estágios de evolução espiritual sem droga.

De qualquer forma começa-se a conhecer os meios de salvar os drogaditos, embora haja variações entre os resultados obtidos, provavelmente em virtude de diferenças de processos. 

As tendências mais recentes levam a combinar processos químicos, com vida na natureza, trabalho criativo e produtivo, prática de meditação, Yoga, Tai-Chi Chuan, dança, alegria, alimentação sadia e muitos exercícios físicos. 

Os princípios regendo os grupos de Alcoólatras Anônimos, também estão sendo aplicados nas sociedades de Drogados Anônimos.

Todos estes esforços precisam ser encorajados. Até agora são as únicas saídas conhecidas. Todas, no entanto, passam por uma profunda mudança espiritual, certamente.  Pensem nisso. Namastê!


07 dezembro, 2013

OQUE DIZER DO ILUSTRE CONTERRÂNEO: LOUCO, SANTO OU GÊNIO?


 O TRIUNFENSE, 07/12/2013

Bem poucas vezes somos senhores de nós mesmos.Milhares queremos, e não podemos; milhares fugimos e não escapamos; milhares nos esquivamos e à força prestamos!
                  (Robespier, in Lanterna de fogo).

Qorpo-Santo, essa figura ímpar, de batismo José Joaquim de Campos Leão, parece ser a figura mais controvertida da dramaturgia nacional. Sua obra ora é apontada como produto de uma mente inferior, perturbada pela doença mental, ora como produto de uma mente genial, que não é compreendida. Eu me pergunto se não seria uma mente genial mascarada com a loucura?

No teatro de QS cada personagem, além de surgir como um dos veículos de sua vingança contra o meio social e os desajustes humanos, é a expressão da criação artística em seu mais alto grau de elaboração, em várias obras, inclusive nesta que usamos para as citações: ‘Lanterna de Fogo’.

A sociedade impõe ao indivíduo diversas normas. Tal forma fixa de viver, para os mais sensíveis, acaba sufocando por completo o movimento natural de suas existências. Não raro, para enfrentar essas regras, há aqueles que se  vestem com  máscaras para evitar  o conflito com a sociedade vigente. QS é um ser dividido entre o que a sociedade dita como certo e o que ele próprio assim o considera.

A máscara de marginal, é preciso dizer, não é escolhida pelo próprio indivíduo. Ela sempre é atribuída pela sociedade, àqueles que não aceitam se submeter ou se adaptar a ela. De modo especial, a máscara de louco é um instrumento indispensável para a manutenção do status quo social, sobretudo da instituição familiar. A atribuição da máscara da loucura é um gesto que tem significado político, moral, religioso, econômico e social, é o meio que permite ao grupo eliminar os elementos diferentes, considerados  nocivos.

QS, enquanto dramaturgo - e louco - encontra na escrita uma chance de escancarar suas denúncias. Sua revolta não se conduz em uma única direção, seu teatro revisa as relações entre Deus e o homem, o homem e a comunidade, e o homem em debate consigo mesmo.

Por repetidas vezes, os laudos médicos  consideraram  o dramaturgo apto para gerir seus bens, gozando de plena saúde mental, apresentando apenas um acréscimo de atividade cerebral, uma vivacidade e atividade maior do pensamento. Entretanto, os últimos laudos já não são unânimes e acabam o levando a ser interdito pela Justiça. Parece que a insistência com que a família tenta fazer dele um demente, acaba tendo seus frutos.

Vendo-se impossibilitado de provar  em definitivo a sanidade, QS toma para si o papel de louco para não mais o largar. Afinal, como diz o criado ‘Impertinenti’,na peça ‘As Relações Naturais’: ‘o direito há muito que é morto’ .
Mas, Qorpo-Santo merece viver e para sempre,  em Triunfo e de Triunfo para o mundo.Pensem nisso. Namastê!


30 novembro, 2013

HONRA É VALOR QUE SE DEVE ENSINAR CEDO, DEPOIS SERÁ TARDE DEMAIS...

O TRIUNFENSE, 30/11/2013.

Crianças pequenas precisam receber dos pais e cuidadores a devida atenção às suas boas e más inclinações. Pequenos deslizes não podem ser ocultados e jamais aplaudidos como gracinhas de criança. Já chega a suficiente e desnecessária carga de maus exemplos que os pequenos recebem dos próprios pais, dos irmãos mais velhos, das babás, das domésticas e até mesmo dos profissionais e coleguinhas das Escolas de Educação Infantil que frequentam. 

Se as crianças desrespeitam horários estabelecidos, devemos cobrar delas uma mudança de comportamento. Se prometem alguma coisa e não cumprem, devemos-lhes falar sobre a importância da palavra de honra, pois, caso contrário, a palavra empenhada não será cumprida, quando adultos, se nós não fizermos nada para que seja. 

A par disto, há pais que prometem e não cumprem, dizem que vão fazer e não fazem, falam, mas a sua palavra não tem o menor peso... Lamentável!É importante que pensemos a respeito das causas antes de reclamar dos efeitos. Cabe-nos ensinar aos meninos que as irmãs dos outros devem ser respeitadas tanto quando as suas. Que a palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha. Ensinar o respeito aos semelhantes, não os fazendo esperar horas a fio para só depois atender, como se estivéssemos fazendo um grande favor. Enfim, ensinar a estas crianças que devem fazer aos outros, o que gostariam que os outros lhes fizessem, como reza a Ética. 

Em geral se considera que existe dentro de cada indivíduo um código moral – em grande parte proposto pelo meio social e familiar – cuja transgressão determina uma sensação desagradável de tristeza e vergonha que costumamos chamar de culpa. A experiência, porém, nos tem obrigado a ver as coisas de uma maneira bastante diversa.

A maioria das pessoas interrompe desde muito cedo o processo de sair de si mesma e também de tentar enxergar o mundo pelos olhos dos outros. Isto, evidentemente não é assim somente porque a pessoa deseja, e sim devido a uma grande fragilidade interna que a torna permanentemente ocupada consigo mesma e com seus interesses. São as chamadas pessoas egoístas. 

O egoísta não desenvolve um verdadeiro senso moral, se comporta sempre com o objetivo de tirar o melhor proveito para si, em cada situação, o que muitas vezes chega a coincidir ou colidir com a Ética. 

Por outro lado, não há efeito sem causa. Basta olhar à nossa volta para nos entristecermos, para não dizer coisa pior. A Política está desacreditada, os nossos direitos são desrespeitados a todo o momento, os cidadãos não sabem onde termina o limite do seu direito e onde começa o dever do Estado, e por isso, muitas vezes, fazem pleitos e críticas sem consistência, o que faz com que se desconsidere como sério muitas das lutas populares. 

É hora de nos conscientizarmos de que o presente caos no nosso planeta não é culpa do astral, dos governos, do outro, mas de cada um de nós. Vamos começar aceitando esse desafio, organizando e transformando o nosso caos interior, familiar e social em algo positivo e harmônico. Vamos acreditar nos nossos Dever e Poder. Pensem nisso!Namastê!


23 novembro, 2013

ENQUANTO SUPERSÔNICOS ATRAVESSAM O CÉU E AS CRIANÇAS DE TENRA IDADE NAVEGAM NA INTERNET, A EDUCAÇÃO RISCA A GIZ SUAS LIÇÕES, NO QUADRO-NEGRO...

O TRIUNFENSE – 23/11/2013

Nos últimos anos a informação deixou de ser uma área ou especialidade, para tornar-se uma dimensão de tudo, transformando profundamente a forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que está em andamento uma ‘Revolução da Informação’ como ocorreu no passado a ‘Revolução Agrícola’ e a ‘Revolução Industrial’.

Sobretudo em consequência da informatização - e do processo de             globalização das telecomunicações a ela associado - o conhecimento passou a ser o grande capital da humanidade. A par de sua capitalização, tornou-se básico  à sobrevivência e por isso precisa ser disponibilizado a todos. Esta é a função das instituições que se dedicam ao conhecimento, apoiadas nos avanços tecnológicos.

As novas tecnologias nos permitem acessar não apenas conhecimentos transmitidos por palavras, mas também imagens, sons, fotos, vídeos, etc. Sob uma perspectiva transformadora, cabe à escola na sociedade informacional, a organização de um movimento global de renovação cultural, aproveitando-se de toda essa riqueza de informações. 

A escola não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela precisa ser um centro de inovação. Nós temos uma tradição de dar pouca importância à educação tecnológica, a qual deveria começar já na Educação Infantil. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso preservar ao cérebro humano somente o que lhe é peculiar: a capacidade de pensar.

Os sistemas educacionais,  em geral, ainda não conseguiram avaliar suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Trabalhamos muito, ainda, com recursos tradicionais, que têm pouco apelo para as crianças e jovens. A cultura do papel está muito arraigada ainda entre educadores - desconhecida pelos estudantes mais jovens, que dominam uma nova forma de se comunicar e apreender o mundo.  

Mas, se por um lado ingressamos na era do conhecimento, temos que admitir que grandes massas da população estão  excluídas dele.  Muito  embora estejamos vivenciando o predomínio da difusão de dados e informações e não de conhecimentos. Mas graças às novas tecnologias estes  vão sendo estocados, muito rapidamente, de forma prática e acessível, em gigantescos volumes de informações, armazenadas, inteligentemente, permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito simples e flexível. É o que já acontece com a internet, com a qual de qualquer sala de aula do planeta, pode-se acessar inúmeras bibliotecas em várias partes do mundo.

Na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Ela deve oferecer uma formação geral, integral, passando inclusive pela linguagem eletrônica. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer. Pensem nisto! Namastê!


16 novembro, 2013

MULHER: UMA MONTANHA DE TERNURA, SUTILEZA E ACOLHIMENTO.


O TRIUNFENSE, EM 16/11/2013.

Hoje as descendentes de Afrodite já conseguem impor a energia do amor, via delicadeza, docilidade e espiritualidade, em contrapartida à energia do homem que sempre foi a da força bruta, da razão e do trabalho começa a esmaecer-se, felizmente.

O convívio entre homens e mulheres mudou muito, para melhor, desde a metade do século passado. Saímos, por assim dizer, da escravidão para o resgate dos nossos gostos, jeitos, valores. Estamos muito perto de finalmente vivermos da nossa própria de viver.

Mas a situação da mulher ainda é bem difícil. A mulher-mãe, por exemplo, por não ter mais tempo de viver com intensidade este sublime e pedregoso papel, via de regra, enche-se de culpas e passa a priorizar na educação dos filhos o hábito de dar presentes em demasia, deixando muitas vezes de corrigir os erros dos filhos e até interferindo na má formação do seu caráter, ao não lhes dar limites.

Felizmente, cada vez mais as mulheres estão entendendo que nasceram para funções diferentes das do homem, mas que ambas são complementares. Sabem que tem a percepção e a intuição bem mais desenvolvidas do que a maioria dos homens; por que não fazer então desse dom um instrumento positivo? Isso nos dá uma maior chance de acertar, pois a sensibilidade apurada, juntamente com a intuição, dificilmente levam ao erro.


Estudos dão conta de que nós mulheres estamos mais perto do equilíbrio tão necessário para que cada ser vivo no planeta possa sentir que a vida é bela e que vale a pena estar nela!Sem disputas desnecessárias, cada um cumprindo o seu papel. Agindo de forma serena, com ternura, docilidade, inteligência e equanimidade, por meio de uma conduta discreta, as mulheres podem lograr todas as conquistas alcançadas pelos homens e somar outras que eles ainda não atingiram.

Ao mesmo tempo em que, aliada à fragilidade específica do sexo, as mulheres possuem um grande poder: despertar o instinto do homem, veículo pelo qual podem chegar ao amor e talvez à sua sensibilidade, estimulando ao máximo os seus verdadeiros valores, que nem ele mesmo tem consciência que possui. Pode a mulher enaltecer as qualidades do homem, induzindo-o, num processo inteligente, a ser melhor, a praticar o bem, a ser cada vez mais sensível, gentil e ético.Pelo menos é o que em são consciência se espera dela. 
                                                                               
Um dos maiores dons da mulher do século XXI  - e que  pode ser compartilhado -  é o de ser capaz de enxergar, reconhecer e fazer brotar o melhor do outro. Isto não é privativo desta época, mas vem sendo aperfeiçoado - ou pelo menos sendo tornado mais visível nos dias atuais - e chama-se  AMOR!  Valorizar apenas as verdadeiras qualidades do outro e ensiná-los a superar seu lado imperfeito é função para a qual  as mulheres estão prontas.  Pensem nisso com carinho. Namastê!  


09 novembro, 2013

PRIORIZA A INTELIGÊNCIA QUAÂNTICA QUEM É CAPAZ DE BENEFICIAR A TODOS


O TRIUNFENSE, 09/11/2013.

No mundo onde a passos largos nos aproximamos do desenvolvimento da Inteligência Artificial, surgem mil adjetivos para qualificar a inteligência em teorias como as de Gardner, das Inteligências Múltiplas, que diferencia sete tipos universais de inteligência: musical; corporal-cinestésica; lógico-matemática; linguística; espacial; interpessoal; e intrapessoal.

     O terapeuta  Jorge Menezes cunhou mais uma delas, descrita no livro ‘Inteligência quântica: aplicações da teoria quântica na transformação humana’.A grosso modo, inteligência tem a ver com: destreza mental; habilidade para  aprender; agudeza de raciocínio, perspicácia; faculdade para adaptar-se facilmente; boa interpretação, percepção... 

Mas, para Menezes, a verdadeira inteligência é a quântica, IQ, conceituada por ele como a capacidade que temos de compreender e de logo encontrarmos a solução mais adequada para uma situação que se apresente.

 De antemão o autor avisa que para termos acesso a IQ  é necessário não termos  preconceitos, porque eles  sempre limitam, criam condições e restrições ao mesmo tempo. Quando nos descondicionamos, ampliamos a consciência e aumentamos a capacidade de enxergar infinitas possibilidades. Este tipo de inteligência se refere ao ser como um todo, não a capacidades específicas, ao mesmo tempo em que permite trazer para o consciente infinitas outras potencialidades e habilidades.

O terapeuta afirma que com a IQ, a pessoa vai muito além de suas capacidades. Diante da ampliação da consciência passa a compreender e sentir-se como um ser infinito e responsável por tudo o que cria para a sua vida e também para todo o universo, a partir das vibrações que emite.

     A transformação humana alcançada através da aplicação da teoria quântica deve beirar o extraordinário, tamanha é a abrangência das possibilidades que traz no seu bojo. Já não importa tanto à pessoa com a consciência ampliada, se ela é capaz de realizar algo específico. Cessam todas as disputas, as competições, a baixa autoestima. Guerras nunca mais! Ela sabe que é ela é capaz e que na bondade, verdade e tolerância o universo conspira a nosso favor. 

Não há limites para as capacidades que podem ser acessadas pelo ser humano, na biblioteca de seu espírito.  O ser que se percebe infinito é capaz de despertar talentos, interesses e motivações adormecidos na memória de suas células. O corpo quântico é o corpo compreendido em toda a sua estrutura, além dos limites do físico e integrado ao universo. É nele que estão contidos os registros de todas as vidas. Absolutamente tudo o que você experimentou está registrado na memória de suas células, no seu DNA, é só resgatar. Recomendo a leitura. Namastê!


02 novembro, 2013

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM AINDA NÃO SE SENTIU MEIO LOUCO

 O TRIUNFENSE, 02/11/2013

Embora desde 1988 a OMS tenha incluído o bem estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado dos aspectos físico, mental e social, as faculdades de Medicina e de Psicologia ainda desconsideram a existência do espírito, alma, essência divina, nomine como quiser. O certo é que somos seres que possuímos além do soma (corpo físico), outras dimensões ou corpos: emocional, mental, psíquico, espiritual, astral e etérico. Não sou eu que o digo, há milênios, muitas matérias tratam disso, em várias culturas.

Se outrora os assim chamados loucos foram trancafiados em casa ou nos hospícios, nada mais justifica os rótulos que só fazem segregar e não auxiliam na sua cura.Sempre - e especialmente em nossos dias, quando prolifera o número de pessoas acometidas de distúrbios nervosos, que não escolhem idade, sexo, classe social, raça ou cultura para se desenvolverem - os ditos doentes mentais deveriam ser tratados em toda a sua plenitude, de uma forma holística.

Os portadores do transtorno do pânico, que ocorre em paralelo a vários sintomas físicos, por exemplo, costumam passar por uma verdadeira via-crúcis até serem diagnosticados. Em muitos casos, o paciente pode achar que está enlouquecendo ou prestes a morrer. A partir da primeira crise pode entrar num círculo vicioso no qual o medo de ter uma nova crise precipita outra, e assim sucessivamente.

Os bipolares e os maníacos, tratados com antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos, criam dependência e não passam de meros paliativos - pois a suspensão das drogas implica na eclosão de outra crise, e seus portadores têm ainda que arcar com os desagradáveis efeitos colaterais. Não precisa ser psiquiatra para sabermos que a medicação só restabelece o equilíbrio bioquímico do cérebro, não combatendo a causa verdadeira do problema.

Em verdade, a medicina tradicional aponta as alterações bioquímicas do cérebro, como a “causa” de certas síndromes, no entanto, não explica o quê provoca esse desequilíbrio, por se estruturar numa visão puramente organicista do ser, sem identificar as causas mais profundas que levam uma pessoa a ter um surto desta natureza. É preciso ver o ser humano em sua totalidade, não apenas do ponto de vista orgânico. É preciso tratá-lo como um todo: mente, corpo e espírito!

Embora alguns transtornos mentais possam ser associados à modernidade, com suas situações de stress, estafa, nervosismo, ansiedade e insegurança decorrentes do desemprego, da pressão no trabalho, da perda do poder aquisitivo, da vida excessivamente atribulada, a mortes de entes queridos, aos conflitos conjugais seguido de separação, doenças, estes eventos apenas funcionam como desencadeadores de acontecimentos psicológicos traumatizantes. Nem todos que passam por isso enlouquecem.

O que se tem descoberto, através de terapias alternativas – e que tem dado resultados altamente positivos - os sintomas são geralmente oriundos de experiências dolorosas em existências passadas, normalmente associados a uma morte traumática, como descreve a Terapia de Vidas Passadas.


Quem crê ou é levado ao tratamento alternativo por alguém que crê, tem conseguido resultados formidáveis. Felizmente começam a ser publicados artigos, reportagens, matérias amplas e específicas, veiculadas pelos meios de comunicação científicos e de massa, livros, discos, filmes, que vem dando conta desse outro lado da loucura, assim como a divulgação e testemunhos - em fitas cassetes e cds - das sessões terapêuticas de regressão a outras vidas! Há muita gente séria trabalhando com isso, no mundo todo.

Médicos famosos por sua competência e ortodoxia, de repente obtém a prova da existência da espiritualidade e mudam totalmente sua maneira de clinicar - ver e viver a vida - tais como o notável psiquiatra americano Brian Weis, cujos livros a respeito do assunto tornaram-se best sellers no mundo todo. Ainda é tempo de você, deixar seus preconceitos de lado e também se dedicar ao assunto. Pensem nisto. Namastê!

26 outubro, 2013

SEJAMOS OBJETIVOS SEM NOS DESFAZERMOS DE NOSSOS SENTIMENTOS...

 O TRIUNFENSE, 26/10/2013.

       O pensamento nunca pode - ou pelo menos deve - vir divorciado do sentimento. Como tudo que fizemos é determinado pelo nosso desejo de prazer ou pelo medo da dor, medo de sofrer, nenhum ato nosso será totalmente imparcial, conterá sempre, no mínimo, um interesse pessoal.

         Entre as pessoas tidas como sadias,  os pensamentos e os sentimentos caminham paralelamente, refletindo a unidade da personalidade. Quando os pensamentos se opõem aos sentimentos, com muita frequência estamos diante de pessoas taxadas de neuróticas. E se os pensamentos e sentimentos são dissociados, estamos diante de psicóticos.

        Para sermos realmente objetivos devemos reconhecer e expressar em nossas atitudes pessoais os sentimentos, pois sem essa base subjetiva, a tentativa de ser objetivo acaba sendo pseudo-objetiva. O termo utilizado em Psicologia para a pseudo-objetividade é racionalização. Utilizamos o mecanismo da racionalização para negarmos os nossos sentimentos subjetivos que motivam os pensamentos ou as ações e também para justificar nossas atitudes ou comportamentos com razões causais. “Fiz isso por que...” É quando colocamos a responsabilidade de nossos comportamentos em algo ou alguém, alguma força exterior.

          Evidentemente, que em algumas circunstâncias o motivo até poderá ser válido, mas geralmente constitui uma desculpa de fracasso ou de inadaptação.   Ao invés de oferecermos razões, é muito melhor expressarmos sentimentos e desejos, até porque tais conjeturas raramente satisfazem aos outros. 

      Diante destas considerações, dá para perceber o porquê do pensamento objetivo receber tamanha importância, sendo considerado como a mais alta realização da mente humana. A ênfase na Educação está dirigida, acima de tudo, para o desenvolvimento desta capacidade. Os teóricos de várias especialidades, em muitos lugares deste planeta, assim o consideram porque o pensamento objetivo, especialmente o abstrato, é visto como a fonte primordial do conhecimento. E conhecimento é poder e a pessoa com esse poder - ou que possa fornecê-lo - ocupa uma posição superior nessas sociedades.

         Segundo Alexander Lowem, a maioria das pessoas encontra dificuldade  para pensar criativamente porque seu pensamento subjetivo encontra-se perturbado, por uma questão de formação. Elas aprenderam que deveriam considerar o pensamento subjetivo como inferior. Ensinaram-lhes que deveriam desconfiar de seus sentimentos e justificar seus atos com razões. 

     Pessoas assim,  também entendem que o prazer não é um objetivo suficiente forte para justificar a vida. Devido a essa distorção, sua capacidade intelectual é utilizada para racionalizar seu comportamento ou desviada para assuntos impessoais.    Não é raro encontrar um bom pensador carente do chamado senso comum.

         Nossos pensamentos comuns, em sua maioria, são subjetivos: pensamos sobre nós mesmos, como nos sentimos, o que vamos fazer, como o faremos e assim por diante. Em outros momentos ele é subjetivo e altamente colorido de sentimentos. Ao pensar subjetivamente a linha de pensamentos corre paralela-mente a dos sentimentos, e ao se pensar objetivamente ela correrá em direção contrária a dos sentimentos, isto é, a pessoa verá seus sentimentos criticamente. 

O ideal é que façamos um esforço da vontade para nos tornarmos objetivos em nosso processo de elaborar pensamentos, se não para sermos felizes, para nos comunicarmos efetivamente. Pensem nisso! Namastê!


19 outubro, 2013

IMPOR MEDO ÀS CRIANÇAS OU MULTIPLICAR ELOGIOS É SEMPRE CONTRAPRODUCENTE

 O TRIUNFENSE, 19/10/2013.

A criança tem o direito de gostar do que gosta. É uma violência forçá-la a gostar do que os outros gostam ou daquilo que seria normal que ela gostasse. Forçada ela terá duas saídas: aceitar a imposição, deixando claro que logo que puder voltará a fazer o contrário, ou achar mais cômodo fingir que se rendeu à imposição.  Na segunda opção, é quando ela aprende a ser desleal e dissimulada.

A criança tem o direito de obter uma resposta quando quiser saber o porquê daquilo que lhe está sendo ensinado. É absurdo os educadores – pais e/ou professores - pretenderem que ela viva hoje uma situação de ontem, até porque cada época tem suas características e suas exigências. 

Outra atitude perigosa, oposta à tradicional, é aquela que recusa qualquer regra no processo de educação, pretendendo que a criança, com seu querer livre, dirija inteiramente o processo. Essa atitude, adotada por muitos educadores, parte do equívoco de que qualquer ensinamento ou orientação já e uma agressão à liberdade. O que também poderá ser fruto do comodismo do adulto, ou do desejo de fugir às responsabilidades.

O ideal é que não houvesse punições e sim uma educação preventiva, mas, se necessário, devemos tratar, externar, tanto a punição, a proibição, como a advertência de modo inteligente, racional e lógico, pois assim a criança não a receberá como demonstração de raiva, intolerância ou incompreensão.

 É evidente que a criança tende a recusar a maioria das tarefas que exijam dela muito esforço, preferindo fazer apenas o que é mais fácil e lhe dá maior prazer. Mas ao mesmo tempo, ela gosta de perceber que é capaz de vencer desafios e fazer descobertas. 

Quem já não viu uma criança que não sabe ainda nem pronunciar direito as palavras e diz, rejeitando a ajuda da gente: “eu conxigu! ” ?

Cabe ao educador criativamente descobrir meios de interessá-la nas tarefas necessárias à sua aprendizagem e ao seu desenvolvimento intelectual. Com firmeza e inteligência é preciso dizer à criança que ela está executando um trabalho importante e que se for persistente, se concentrar, conseguirá vencer com facilidade, a tarefa.
 Estabelecido o jogo, os progressos começam a aparecer. 

Outro desafio: como dizer não? De forma não sistemática, para que a criança perceba que, quando houver possibilidade e conveniência, seus desejos serão atendidos. É preferível que a criança fique sabendo, ainda que minimamente, os motivos da negativa. É necessário que o ato se dê com tranquilidade e firmeza, sem violência. Pais ou professores que levantarem a voz ou fizerem ameaças, por gestos ou palavras, jamais conseguirão convencê-la de que estão agindo com justiça e boa vontade.

Há educadores que recorrem ao seu poder de sedução para conquistar, em curto prazo, a confiança das crianças. Quando estão de bom humor, fazem questão de participar das brincadeiras infantis, complacência paternalista que é habitualmente intercalada por explanações de irritação, que os fazem ridículos aos olhos dos pequenos que não são bobos e percebem o seu jogo. Há também os ambiciosos que, com jactância, acreditam que é fácil transformar crianças – e mesmos adolescentes - por meio de palavras persuasivas e moralizantes. 

Na realidade o que acabam suscitando é tédio e mau-humor nos alunos. Mas o pior mesmo, em todos os casos que não deram certo, é a mágoa que permanece indelével, causada por aqueles em quem a criança confiava. fatalmente elas acabam respondendo a dor com má vontade ou revolta. Pensem nisso. Namastê!


12 outubro, 2013

TODOS OS DIAS SÃO DAS CRIANÇAS


O TRIUNFENSE, 12/10/2013.

Hoje, e sempre, é bom refletirmos sobre os cuidados que lhes dispensamos enquanto pais, professores e sociedade, como um todo. A psicanalista polonesa Alice Miller, doutora em Filosofia e Psicologia, realizou um notável trabalho sobre o abuso infantil e suas consequências. Suas pesquisas constataram que a maioria das pessoas violentas foram educadas de forma violenta e,  com a justificativa de que era para o bem delas, o que as obrigava - enquanto crianças  pelo menos - a amar aqueles que as agrediam e a  confundir amor com violência.  

Três conceitos de Miller são importantes para entendermos um pouco do assunto: ‘Pedagogia Negra’, ‘Testemunha Auxiliadora’ e ‘Testemunha Conhecedora’.

Muitas são as crianças ‘educadas’ sobre a égide da ‘Pedagogia Negra’, com o objetivo único de terem sua vontade dobrada a qualquer custo. Se cederem, transformam-se em seres submissos e obedientes, pela via da manipulação e da repressão. Infelizmente, o que muitos chamam de educação, pode ser resumido como prática de humilhações, castigos corporais, que terminam com a negação do sofrimento e, no futuro (não tão distante), com a negação de todos os outros sentimentos. Seres humanos sem sentimentos são perigosos para si mesmos e para a sociedade.

Miller estudou a infância de Hitler e nela não foi encontrada nenhuma ‘Testemunha Auxiliadora’. A pessoa investida dessa função (que pode ser uma tia, avó, irmãos, vizinha, empregada, babá, professor...) ajuda a criança maltratada ou negligenciada, ainda que de forma esporádica, oferece-lhe apoio, amor, carinho, confia nela e transmite-lhe a sensação de que não é má e  merece ser tratada com respeito. 

É terrível, mas há crianças que acreditam que são maltratadas porque são más, levando esses sentimentos por toda a vida, comprometendo suas noções de valor (autoestima), e até suas escolhas. 

Essa testemunha será muito lembrada quando adulta, descobrindo a diferença que o amor dessa pessoa fez em sua história.  

‘Testemunha Conhecedora’: é uma pessoa que conhece as consequências da negligência e do abuso sofridos pela criança. Na vida adulta, a testemunha conhecedora pode representar um papel semelhante ao da testemunha auxiliadora na infância. Pode ajudar transmitindo aos adultos que sofreram algum tipo de abuso na infância, empatia, acolhimento, validação dos sentimentos, ajudando-as assim a entender melhor suas histórias, seus sentimentos de medo e impotência, para que possam ter mais liberdade em suas escolhas, libertando-as das consequências do sofrimento do passado. 

Dentre as testemunhas conhecedoras estão alguns psicólogos, professores esclarecidos, escritores.

Miller também derruba alguns mitos, tais como o do ‘lar inviolável’ onde as leis e regras da casa precisam  ser seguidas, o que dificulta a denúncia da violência doméstica. Também ataca o ‘amparo familiar’, que contrapõe-se à realidade das famílias, que estão longe de serem harmônicas , os padrões  históricos dizem o contrário, os conflitos familiares sempre existiram. 

Outro mito muito arraigado é o de que ‘o homem não controla seus instintos’, aumentando as chances de situações de violência sexual. A mudança e a conscientização para a desconstrução desses mitos só poderá acontecer através da educação.  

Uma das formas acessíveis para se chegar a mudar este estado de coisas tão desastroso, seria a comunicação de massa trabalhar com essa desconstrução ideológica. Pensem nisso, Namastê!


05 outubro, 2013

Os donos de pequenos animais reclamam menos da vida e possuem autoestima mais elevada

O TRIUNFENSE, 05/10/2013.

Isso, que é dito no título desta coluna, é comprovado a partir das pesquisas de Turner, autor de diversos livros sobre animais domésticos e ligado a IAHAIO, Associação Internacional das Organizações para a Interação Homem-Animal, entidade que reúne PHDs do mundo inteiro para divulgar resultados de estudos e experiências em que animais atuam como coterapeutas para crianças, delinquentes juvenis, idosos, mulheres com câncer de mama, deficientes e até casais em crise.

O cientista comportamental tenta convencer desde ministros da Saúde de países do Primeiro Mundo até líderes de pequenas comunidades na África do Sul a investirem em programas de Terapia Assistida por Animais (TAA), que podem auxiliar na utilização da grande quantidade de animais abandonados no mundo todo e que representam um grave problema de saúde pública. Mesmo aqui em Triunfo convivemos diuturnamente com este problema.

As orientações da IAHAIO apontam para a necessidade de permitir às crianças o contato com animaizinhos em algum momento, na escola. Qualquer programa que os  envolva, no entanto, deve levar em conta que eles sejam selecionados e/ou treinados; saudáveis (confirmado por laudo veterinário); preparados para o ambiente escolar (adequadamente alojados, na sala de aula ou em casa) e sob a supervisão de um adulto (o professor ou o dono); e que a segurança, a saúde e os sentimentos de cada criança na classe em relação a eles sejam respeitados.

Ainda segundo o cientista há casos de crianças hiperativas, agressivas ou com alguma deficiência, que o animal de estimação adotado como coterapeuta em tratamentos especializados, ajuda a melhorar sensivelmente os problemas identificados.  Ele relata que crianças que tiveram contato com animais em escolas tenderam a melhorar em todos os sentidos e a vontade de aprender foi amplamente aumentada pela simples presença de um cachorrinho, por exemplo.

As Escolas que adotam animaizinhos de estimação precisam ter também os objetivos de aprendizagem bem definidos e precisos, abrangendo: o melhor desempenho cognitivo da criança; o aumento da motivação para o aprendizado, em várias áreas do currículo escolar; encorajamento do respeito e do sentido de responsabilidade em relação a outras formas de vida; considerações a respeito do potencial expressivo e do envolvimento de cada criança. Sem nunca esquecer que a segurança e o bem-estar dos animais envolvidos devem ser garantidos em todos os momentos.

Turner acha que as escolas podem contribuir não só dando exemplo como adotantes, mas desenvolvendo programas de conscientização a respeito do assunto. Já existem muitos projetos voltados para as escolas desenvolvidos em todo o mundo. Um dos objetivos principais é ensinar às crianças a respeitarem e protegerem os animais.

A Terapia Assistida por Animais representa uma tremenda economia para a saúde pública e vem obtendo sucesso até nos casos em que métodos tradicionais de tratamento falharam. E, além de tudo, a companhia de animais beneficia não apenas deficientes e portadores de doenças graves, mas também o cidadão comum seja qual for a sua renda familiar. Aproveite a dica e dê de presente um bichinho às crianças da família, no seu dia. Namastê!


21 setembro, 2013

O PODER É O SONHO DE CONSUMO DOS QUE SE SENTEM PRIVADOS DELE


O TRIUNFENSE – 21/09/2013

O poder deveria carregar consigo a enorme responsabilidade de não ser utilizado para propósitos do ego, pois em nossa ganância podemos destruir facilmente o que tivermos pela frente. Na verdade não estamos muito longe disto. 

A Psicanálise oferece vastas explicações sobre como este processo se desenvolve na vida dos indivíduos. Segundo ela, é no relacionamento entre pais e filhos que os efeitos mais daninhos do poder são encontrados, porque ele sempre é utilizado para controlar as crianças, supostamente para seu próprio bem, mas na verdade está centrado absolutamente no interesse dos pais.

A teoria prega que o efeito do poder – e todo castigo é um exercício do poder, assim como as agressões verbais ou físicas – nega a individualidade da criança, reprime sua autoexpressão e anula seu direito de discordar. E o principal: é ali (e só ali) na tenra infância, que aprendemos a lidar com o poder que obtivermos – ou não - futuramente na vida. Portanto, da ignorância e destempero de pais podem surgir mais filhos ditadores.

Sempre que a criança se sente privada de prazer - e são inúmeros os momentos que isto acontece, pois no seu mundo o importante é brincar com o que quer à hora que bem entender - lutará para continuar obtendo-o. Inúmeras também são as possibilidades disso acabar gerando conflitos com seus pais. 

A solução do impasse criado entre ambos logo se transformará numa questão de poder, porque os pais percebendo ameaçado o seu direito de controlar a situação, não hesitam em usar mais poder para fortalecer a sua vontade.

Segundo Freud e seus seguidores, a briga entre pais e filhos se originaria da dificuldade daqueles em lidar com o senso de onipotência que o bebê traz ao nascer, derivado de sua vida intrauterina, quando todas as suas necessidades são automaticamente satisfeitas e que é fortificado, durante o período de amamentação no peito. Para o bebê só existe o seio da mãe, ele é o mundo, e se o encontra sempre ao seu alcance sentir-se-á como se fosse o dono do universo.

Uma vez que a falta de poder está associada na mente das crianças à ausência de prazer, parece lógico que o prazer só possa ser obtido através do poder. Em consequência disto, a imagem do sucesso é a realização ilusória da criança que foi privada do seio materno. Diante disso, os teóricos concluíram que quem procura o poder e luta pelo sucesso possui uma fixação em nível infantil. Seu sonho reside em conseguir poder ou sucesso, quando então poderá descansar, pois todos os seus desejos serão realizados pelos outros

Todos temos ciência de que quando o poder está nas mãos de alguém carente, a situação torna-se perigosa. Não importa se esse poder signifique dinheiro, automóvel de grande desempenho ou uma arma, o risco do bem-estar humano é grande. Da mesma forma o poder político, que concede a um indivíduo mal formado sentar-se na cadeira que detém o poder, pois apenas com sua caneta poderá cometer verdadeiros crimes, imitando, na maioria das vezes seus ídolos de criança, que passa a personificar. Dita a teoria psicanalítica que os únicos que conseguem lidar construtivamente com o poder são os que foram satisfeitos na infância e – por isso mesmo - sabem aproveitar bem a vida.

Há um velho ditado que diz que o poder corrompe as pessoas, geralmente aplicado a governantes ou a indivíduos em posição de autoridade, mas que na realidade se expande a todo e qualquer manutenção de poder. 

Desconhecer a força inserida no poder destituído de responsabilidade e ética, é ignorância, pois infelizmente ele tanto pode ser conduzido para a construção como para a destruição, da terra e de tudo que ela contém, especialmente seu mais precioso bem: as vidas humanas.Pensem nisto. Namastê! 

14 setembro, 2013

O EDUCADOR NÚMERO UM É O EXEMPLO


 O TRIUNFENSE , EM 14/09/2013.

A criança pequena não distingue o moralmente bom do ruim, o amor filial a induzirá a imitar os pais em suas qualidades e em seus defeitos. 

Quanto mais uma criança ama aos adultos que cuidam dela, mais passa a imitá-los e a assumir seus valores, influenciando suas ações, conscientemente ou não. Ao contrário, quanto menos os ama, mais negativamente reage na formação de suas qualidades.

Mesmo quando um filho admira os pais, sente-se amado por eles e deseja imitá-los não é fácil obter autodisciplina. Muitos pais não são tão disciplinados como o esperado e não podem oferecer uma imagem clara a esse respeito para que possam ser imitados.

 E, até porque é preciso um número infinito de exemplos paternos de autocontrole e paciência para ensinar os valores deste tipo de comportamento e influenciar a criança a internalizá-los. 
Adquirir autodisciplina faz parte de um processo muito trabalhoso e contínuo, de pequenos passos e muitas recaídas. 

Por outro lado, toda criança sofre quando não é preferida, enquanto a maioria dos pais prefere iludir-se, achando que ama aos filhos por igual. Isso é impossível, os filhos são diferentes e não podem ser amados de maneira idêntica pela mesma pessoa. 

Em algumas famílias os pais não apreciam muito um filho ou outro e não se comportam de maneira a inspirar admiração amorosa. Ainda assim a vida é sábia e esse filho, que não admira ao pai – e, portanto não deseja imitá-lo - pode encontrar uma  outra pessoa para respeitar a imagem de quem possa formar-se. É claro que isto só ocorrerá se o seu desejo de ser o preferido - ou pelo menos um dos mais estimados - não for muito gravemente frustrado pelos pais.

Já aquela criança que não conseguiu adquirir autocontrole numa idade mais tenra seguindo o exemplo dos pais e se transformou num adolescente rebelde, ainda assim pode sentir-se impelido – por necessidade inconsciente – a encontrar um ‘mestre’ a quem imitar e possa buscar e encontrar alguém indisciplinado. 

Reparem, ‘indisciplinado’, para ter como modelo. Nesse caso, as más consequências são inevitáveis, com o passar do tempo, e as crônicas policias nos dão um amplo mostruário disso.

Se fôssemos mais conscientes e lembrássemos como nos sentíamos cobrados, maltratados, quando éramos crianças e nossos pais nos forçavam a agir de maneira disciplinada contra a nossa vontade, certamente nossos filhos/alunos então estariam em situação mais cômoda, assim como nós, que  teríamos muito mais paciência, compreensão e disponibilidade para tratar do assunto disciplina.

 A verdade é que, mesmo depois de adulto, quando muitos filhos esforçam-se por serem diferentes de seus pais, nos momentos em que a emoção prevalece vão agir, como aprenderam a ser, na sua mais tenra infância.  

Portanto, pai, mãe, professor(a) de educação infantil, corrija-se, auto-discipline-se, não esqueça que é o espelho da criança com quem convive. Procure ser coerente, pensando e agindo em consonância com os valores que apregoa, para não ‘ajudar’ a formar nenhum mau caráter, psicopata ou pior ainda, um psicótico, que se perca ao evadir-se da realidade por não suportar o desamor e a incoerência das pessoas que ama. Pense nisto. Namastê!