O TRIUNFENSE, 30/11/2013.
Crianças
pequenas precisam receber dos pais e cuidadores a devida atenção às suas boas e
más inclinações. Pequenos deslizes não podem ser ocultados e jamais aplaudidos
como gracinhas de criança. Já chega a suficiente e desnecessária carga de maus
exemplos que os pequenos recebem dos próprios pais, dos irmãos mais velhos, das
babás, das domésticas e até mesmo dos profissionais e coleguinhas das Escolas
de Educação Infantil que frequentam.
Se as
crianças desrespeitam horários estabelecidos, devemos cobrar delas uma mudança
de comportamento. Se prometem alguma coisa e não cumprem, devemos-lhes falar
sobre a importância da palavra de honra, pois, caso contrário, a palavra
empenhada não será cumprida, quando adultos, se nós não fizermos nada para que
seja.
A par disto,
há pais que prometem e não cumprem, dizem que vão fazer e não fazem, falam, mas
a sua palavra não tem o menor peso... Lamentável!É importante que pensemos a
respeito das causas antes de reclamar dos efeitos. Cabe-nos ensinar aos meninos
que as irmãs dos outros devem ser respeitadas tanto quando as suas. Que a
palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha. Ensinar o respeito
aos semelhantes, não os fazendo esperar horas a fio para só depois atender,
como se estivéssemos fazendo um grande favor. Enfim, ensinar a estas crianças
que devem fazer aos outros, o que gostariam que os outros lhes fizessem, como
reza a Ética.
Em geral se
considera que existe dentro de cada indivíduo um código moral – em grande parte
proposto pelo meio social e familiar – cuja transgressão determina uma sensação
desagradável de tristeza e vergonha que costumamos chamar de culpa. A
experiência, porém, nos tem obrigado a ver as coisas de uma maneira bastante
diversa.
A maioria
das pessoas interrompe desde muito cedo o processo de sair de si mesma e também
de tentar enxergar o mundo pelos olhos dos outros. Isto, evidentemente não é
assim somente porque a pessoa deseja, e sim devido a uma grande fragilidade
interna que a torna permanentemente ocupada consigo mesma e com seus
interesses. São as chamadas pessoas egoístas.
O egoísta
não desenvolve um verdadeiro senso moral, se comporta sempre com o objetivo de
tirar o melhor proveito para si, em cada situação, o que muitas vezes chega a
coincidir ou colidir com a Ética.
Por outro
lado, não há efeito sem causa. Basta olhar à nossa volta para nos
entristecermos, para não dizer coisa pior. A Política está desacreditada, os
nossos direitos são desrespeitados a todo o momento, os cidadãos não sabem onde
termina o limite do seu direito e onde começa o dever do Estado, e por isso,
muitas vezes, fazem pleitos e críticas sem consistência, o que faz com que se
desconsidere como sério muitas das lutas populares.
É hora de
nos conscientizarmos de que o presente caos no nosso planeta não é culpa do
astral, dos governos, do outro, mas de cada um de nós. Vamos começar aceitando
esse desafio, organizando e transformando o nosso caos interior, familiar e
social em algo positivo e harmônico. Vamos acreditar nos nossos Dever e Poder.
Pensem nisso!Namastê!