05 outubro, 2013

Os donos de pequenos animais reclamam menos da vida e possuem autoestima mais elevada

O TRIUNFENSE, 05/10/2013.

Isso, que é dito no título desta coluna, é comprovado a partir das pesquisas de Turner, autor de diversos livros sobre animais domésticos e ligado a IAHAIO, Associação Internacional das Organizações para a Interação Homem-Animal, entidade que reúne PHDs do mundo inteiro para divulgar resultados de estudos e experiências em que animais atuam como coterapeutas para crianças, delinquentes juvenis, idosos, mulheres com câncer de mama, deficientes e até casais em crise.

O cientista comportamental tenta convencer desde ministros da Saúde de países do Primeiro Mundo até líderes de pequenas comunidades na África do Sul a investirem em programas de Terapia Assistida por Animais (TAA), que podem auxiliar na utilização da grande quantidade de animais abandonados no mundo todo e que representam um grave problema de saúde pública. Mesmo aqui em Triunfo convivemos diuturnamente com este problema.

As orientações da IAHAIO apontam para a necessidade de permitir às crianças o contato com animaizinhos em algum momento, na escola. Qualquer programa que os  envolva, no entanto, deve levar em conta que eles sejam selecionados e/ou treinados; saudáveis (confirmado por laudo veterinário); preparados para o ambiente escolar (adequadamente alojados, na sala de aula ou em casa) e sob a supervisão de um adulto (o professor ou o dono); e que a segurança, a saúde e os sentimentos de cada criança na classe em relação a eles sejam respeitados.

Ainda segundo o cientista há casos de crianças hiperativas, agressivas ou com alguma deficiência, que o animal de estimação adotado como coterapeuta em tratamentos especializados, ajuda a melhorar sensivelmente os problemas identificados.  Ele relata que crianças que tiveram contato com animais em escolas tenderam a melhorar em todos os sentidos e a vontade de aprender foi amplamente aumentada pela simples presença de um cachorrinho, por exemplo.

As Escolas que adotam animaizinhos de estimação precisam ter também os objetivos de aprendizagem bem definidos e precisos, abrangendo: o melhor desempenho cognitivo da criança; o aumento da motivação para o aprendizado, em várias áreas do currículo escolar; encorajamento do respeito e do sentido de responsabilidade em relação a outras formas de vida; considerações a respeito do potencial expressivo e do envolvimento de cada criança. Sem nunca esquecer que a segurança e o bem-estar dos animais envolvidos devem ser garantidos em todos os momentos.

Turner acha que as escolas podem contribuir não só dando exemplo como adotantes, mas desenvolvendo programas de conscientização a respeito do assunto. Já existem muitos projetos voltados para as escolas desenvolvidos em todo o mundo. Um dos objetivos principais é ensinar às crianças a respeitarem e protegerem os animais.

A Terapia Assistida por Animais representa uma tremenda economia para a saúde pública e vem obtendo sucesso até nos casos em que métodos tradicionais de tratamento falharam. E, além de tudo, a companhia de animais beneficia não apenas deficientes e portadores de doenças graves, mas também o cidadão comum seja qual for a sua renda familiar. Aproveite a dica e dê de presente um bichinho às crianças da família, no seu dia. Namastê!


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