O TRIUNFENSE, em 28/12/2013.
Eu
nãoviajo mais à luz do dia
Sempre vivo preso nessa mania
E tudo o que eu tenho é um castelo de melancolia
Regada a álcool, droga e
poesia.
Hector Raposo
Talvez a única coisa boa que as drogas
nos deram foi a revolução na música com os
Beatles, Sgt. Pepper's, Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Yes e muitos outros, nos
anos 60 e 70. Não surgiu nenhum Bach, Mozart, Bethoven, mas sem dúvida é
valiosa a quebra dos parâmetros musicais e o salto do nível de sonoridade. O
preço que esses gênios da música pagaram, no entanto, foi bastante alto. Como
viveram/morreram Elis, Janis Joplin, A Hendrix, Elvis, Lennon?
Há sempre um burburinho se certos
escritores nacionais e internacionais usaram drogas enquanto compunham suas
obras. A alegação é, na maioria das vezes, justificada pela genialidade de seus
escritos. Como exemplos, temos os chamados ‘desregrados’ tanto na escrita
quanto na vida, como Charles Baudelaire, Jean-Paul Sartre.
Mas qual a felicidade que a droga traz?
Ela pode anestesiar e até fazer o sujeito esquecer a timidez, como no caso do
Chico Buarque, que bebia muito antes dos seus shows, no início da carreira. Mas
me citem um exemplo onde a bebida fez alguém se tornar uma pessoa melhor,
verdadeiramente realizada. Até o Zeca Pagodinho se meteu em confusão...
Devia estar caindo de bêbado quando assinou o contrato com a Schin, sendo um fã
da Brahma! Heheheheh...
A imagem que popularizou as drogas
foram os hippies, que realmente estavam lutando contra o sistema nos 60. Mas
essa fase já acabou, e o sistema atual é muito mais sutil.
A revolução
da esperança precisa de lutadores que questionem e combatam o sistema com
a mente clara. E, na guerra contra as drogas precisamos traçar
estratégias vencedoras, salvando meninos e jovens da dependência e da
prisão, onde muitas vezes acabam, os que não ‘conseguem’ se matar de
todo com a droga. Mais do
que muitas suposições e teorias, Portugal é exemplo nisso, destacado como
um país que provou que se deve encarar o doente toxicodependente, como
alguém a recuperar e a ser reinserido na sociedade, em substituição
da tradicional penalização que é ainda
exercida em muitos países. Pensem nisso! FELIZ ANO NOVO! Namastê!
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