O TRIUNFENSE – 23/11/2013
Nos últimos anos a informação deixou de ser uma área ou especialidade,
para tornar-se uma dimensão de tudo, transformando profundamente a forma como a
sociedade se organiza. Pode-se dizer que está em andamento uma ‘Revolução da
Informação’ como ocorreu no passado a ‘Revolução Agrícola’ e a ‘Revolução
Industrial’.
Sobretudo em consequência da informatização - e do processo de globalização das telecomunicações
a ela associado - o conhecimento passou a ser o grande capital da humanidade. A
par de sua capitalização, tornou-se básico à sobrevivência e por isso
precisa ser disponibilizado a todos. Esta é a função das instituições que se
dedicam ao conhecimento, apoiadas nos avanços tecnológicos.
As novas tecnologias nos permitem acessar não apenas conhecimentos
transmitidos por palavras, mas também imagens, sons, fotos, vídeos, etc. Sob
uma perspectiva transformadora, cabe à escola na sociedade informacional, a
organização de um movimento global de renovação cultural, aproveitando-se de
toda essa riqueza de informações.
A escola não pode ficar a reboque das inovações tecnológicas. Ela
precisa ser um centro de inovação. Nós temos uma tradição de dar pouca
importância à educação tecnológica, a qual deveria começar já na Educação Infantil.
Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso preservar
ao cérebro humano somente o que lhe é peculiar: a capacidade de pensar.
Os sistemas educacionais, em geral, ainda não conseguiram avaliar
suficientemente o impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja
para informar, seja para bitolar ou controlar as mentes. Trabalhamos muito,
ainda, com recursos tradicionais, que têm pouco apelo para as crianças e
jovens. A cultura do papel está muito arraigada ainda entre educadores -
desconhecida pelos estudantes mais jovens, que dominam uma nova forma de se
comunicar e apreender o mundo.
Mas, se por um lado ingressamos na era do conhecimento, temos que
admitir que grandes massas da população estão excluídas dele. Muito
embora estejamos vivenciando o predomínio da difusão de dados e
informações e não de conhecimentos. Mas graças às novas tecnologias estes
vão sendo estocados, muito rapidamente, de forma prática e acessível, em
gigantescos volumes de informações, armazenadas, inteligentemente, permitindo a
pesquisa e o acesso de maneira muito simples e flexível. É o que já acontece
com a internet, com a qual de qualquer sala de aula do planeta, pode-se acessar
inúmeras bibliotecas em várias partes do mundo.
Na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar
nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer
informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Ela deve
oferecer uma formação geral, integral, passando inclusive pela linguagem
eletrônica. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente,
sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e
não embrutecer. Pensem nisto! Namastê!
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