06 abril, 2013

PENSE NOS SEUS DESCENDENTES QUANDO CLICAR OS BOTÕES DA URNA


O TRIUNFENSE, 06/04/13


Votar é uma conquista da democracia, os mais velhos pelo menos deveriam reconhecer isso, para dar exemplo aos mais jovens, já que não foi fácil resgatarmos esse direito sagrado de escolhermos nossos representantes, que nos foi negado durante longos anos, na ditadura. Votar é um exercício de cidadania e solidificação da cultura da participação. Quem vota em branco ou deixa de comparecer às urnas está sonegando a sua participação, alienando a outros a sua voz que não será ouvida. Terá menos oportunidades de reivindicar dos eleitos o cumprimento dos seus deveres para com o povo.


Ao contrário do que devia ser essa explosão de cidadania, aqui em Triunfo nos anos eleitorais vemos a nossa cidade virar um grande abatedouro, onde são mortos muitos valores, como o da ética, do respeito e da liberdade. Um grande festival de desfaçatez onde as pessoas começam a mostrar do que são capazes e de que material são feitos. São amizades, vizinhança e até famílias que se desestruturam e destilam ódio pelos poros, uns pelos outros, na banca do quem dá mais.


O município deveria ser o interesse maior, porque queiramos ou não somos de direito uma grande família, tão logo passe o episódio da apuração, diplomação e posse dos eleitos, embora de fato isso só aconteça quando elegemos pessoas com princípios ilibados, com a ficha limpa. Votar com consciência, liberdade e lealdade é colaborar pelo bem de todos, inclusive dos nossos descendentes. Parece que as pessoas não sabem ou esquecem disso...


As eleições municipais têm características próprias, porque ao escolhermos nossos candidatos e votarmos neles, buscamos soluções para os problemas mais imediatos e próximos da nossa comunidade: educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, lazer, etc. Os candidatos estão mais perto da nossa vida e da realidade local e, enquanto eleitores, temos mais oportunidades de conhecer de perto a índole de cada um, verificar a sua ficha e avaliar a sua impecabilidade ou a sujeira, a responsabilidade ou a falta dela e o grau de decoro. A vida que levam - e da qual todos somos sabedores - nos dá uma pista bem abrangente do que poderão fazer na sua administração, se por ventura forem eleitos.


E nessas condições peculiares ao nosso município, especialmente depois que os cofres públicos começaram a inchar com a arrecadação de impostos do Polo Petroquímico, saber votar conscientemente tornou-se mais difícil, porque requer acompanhamento, informação e decisão pessoal, não imposição dos empregadores ou quem quer que seja. 

Não esqueçamos que o jeitinho brasileiro de fazer política partidária consiste muitas vezes em não fazer o que deveria ser feito nos primeiros três anos de gestão, deixando os projetos e obras para o último ano. Assim, o ano eleitoral é marcado por muitas promessas que jamais serão cumpridas, planos de governo feitos por marketeiros ou copiados de outros sem haver nem a leitura dos mesmos pelos candidatos, muitas vezes.

A história se repete. Se defendemos que um mundo melhor é possível, onde todos tenham vez e voz, isso deve começar a vir a ser, primeiro no município onde nascemos, crescemos, criamos nossos filhos, vimos nascer nossos netos. Nosso dever é deixar um legado de honra para os que virão depois. É nossa obrigação. Pense nisso e amanhã escolha de forma correta os seus candidatos. Namastê!

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