13 julho, 2013

EM TEMPOS DE VEM PRA RUA, QUEREMOS QUE TODAS AS CRIANÇAS ESTEJAM NA ESCOLA PELO TEMPO NECESSÁRIO

O triunfense/RS - 13 de julho de 2013

     Desde o ano de 1959, as crianças, e os jovens de até 14 anos, têm no Brasil o direito de receber a educação escolar gratuitamente, garantido pelo princípio 7, da Declaração dos Direitos da Criança. Em teoria, pelo menos, para favorecer a sua cultura geral e oferecer oportunidades iguais no desenvolvimento de suas aptidões, individualidades e senso de responsabilidade social e moral.

O respaldo legal para esse ‘faz de conta que existe’, há. Podemos sonhar pelo menos, que se cobrarmos que sejam cumpridos à risca os princípios legais, vamos todos ser mais tolerantes e amorosos uns com os outros. Felizes, quem sabe, pois  para mim, pelo menos, a felicidade consiste em ter sempre nem que seja uma única utopia a carregar junto do peito, o que dá  força à alma, ao self. 


Infelizmente temos muito ainda que lutar para que a lei saia do papel e torne-se realidade palpável, para todas as crianças deste nosso país continental e desigual.

Temos que empunhar cartazes, para que nenhuma criança precise mais trabalhar. Para que nenhuma criança precise perambular pelas ruas, sem casa, sem família. Para que nenhuma criança seja maltratada por nenhum adulto, inclusive pelos seus próprios  pais. Para que todas tenham saúde, alimento e brinquedo e frequentem uma Escola da qual se orgulhem e pela qual se apaixonem. Uma escola carinhosa como  algodão doce e cheia de tarefas como colecionar pedrinhas da beira do rio.      

Toda criança deve ter o direito de viajar, de vez em quando, pelo mundo do sobrenatural. Toda criança deve ter o direito de acreditar no possível e no impossível. Exigir dela somente a crença no possível é uma forma de bloquear sua criatividade e por consequência sua inteligência. É uma forma de lhe tirar a confiança e  impedi-la de que tenha fé. É preciso que aceitemos e incentivemos que toda criança tem direito de viver as suas fantasias, porque o mundo da fantasia é o reino da criação, atravessando fronteiras que vão muito além dos limites dos sentidos, numa lógica diferente daquela que governa a nossa razão.

Alguns adultos sisudos não se dão conta de que a criança que está fantasiando, misturando a realidade com o irreal, está fazendo o uso mais intenso e ousado da criatividade. Ela precisa ter este direito assegurado para ser realmente uma criança, só deste modo ela poderá caminhar para a sua realização como pessoa. Muitos professores e pais – provavelmente alguns até bem intencionados, mas equivocados -  procuram traços de caráter e valores que lhes parecem valiosos e desejam moldar todos os filhos, todas crianças num padrão único.


Da mesma forma os professores muitas vezes se cansam da vida agitada, instigante das crianças nas salas de aula, barulhentas e cheias de mistérios, perguntas e   perplexidades diante das descobertas e tentativas, muitas, e muitas vezes mal sucedidas.  Pensem nisso. Namastê!

Nenhum comentário:

Postar um comentário